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Fases e Tratamentos

Tratamento

Emilia Jurach, Larissa Miglioli, Marcus Campos e Thaís Mota

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Complexa e cheia de mistérios, a depressão é considerada a doença do século XXI. Milhões de pessoas no mundo inteiro sofrem com esse transtorno, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), porém embora seja tão comum, ainda é rodeada de dúvidas e preconceitos, tanto de quem tem, quanto de quem convive. É um universo emocional e biológico que precisa ser devidamente estudado e debatido para que haja compreensão desse mal que causa tanta dor e em muitos casos leva até mesmo ao suicídio.

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A psicóloga e coach Anny Achre afirma que essa doença pode se desenvolver em várias etapas da vida por diversos fatores, entre eles: pela característica ambiental, genética, pós parto, luto e até mesmo estilo de vida. “Claro que em cada fase da vida alguns desses fatores poderão ser mais decisivos no desenvolvimento da depressão do que em outros, e, ao contrário do que muitos pensam ela é sim, considerada uma doença muito grave tanto para a psicologia, quanto para a medicina em geral”, comenta.

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Tratamento necessário

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Para tanto, o reconhecimento e a busca por ajuda é indispensável para que existam um diagnóstico preciso e um tratamento correto. “Seja com terapias ou medicações, é importante que o paciente seja muito bem assistido para que o acompanhamento surta o efeito necessário”, afirma o psiquiatra Fábio Canela.

 

Acontecimentos externos em sintonia ao repertório de vida interno de cada ser humano é a mola propulsora para o início da manifestação do transtorno. “O acompanhamento de um profissional é fundamental, pois este tem conhecimento de todas as áreas da vida e do desenvolvimento da mente humana, o que lhe permite ter as ferramentas propícias para contribuir com todo o processo de solução ou controle da doença”, complementa Anny.

Infância

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Na infância, a criança pode apresentar quadros depressivos por basicamente três contribuintes: genético, biológico ou familiar. “Hoje em dia está ainda mais comum o desencadeamento por aspectos biológicos, as crianças não se movimentam, (gasto de energia) mais como antes, praticam apenas atividades monótonas, então a depressão se manifesta pelo sedentarismo”, comenta a psicóloga Anny.

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Além disso, o convívio sociológico e familiar também podem ser decisivos. “Muitas vezes as crianças acabam recebendo muita informação, as quais, ainda não possuem inteligência emocional para diluídas (como separação dos pais, morte de um ente querido) e isso acaba gerando um transtorno, que se não for tratado, pode desenvolver a depressão. Fatores sociais também como o bullying, o racismo e a obesidade podem muito prejudiciais para a formação da mentalidade infantil”, complementa  Canela. 

 

Para a psicóloga Anny Achre a primeira indicação é procurar imediatamente o pediatra da criança para que ele faça uma primeira avaliação do caso. Em seguida é importante a visita à um psicólogo para o início de uma terapia a fim de diagnosticar o motivo da depressão através de testes e conversas, a partir da observação de comportamento.

Inafância

Adolescência

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A fase de descobrimentos pode também revelar medos, inseguranças, dúvidas e angústias. Essa explosão de sentimentos em mistura aos  hormônios que estão sendo produzidos a todo vapor podem servir de start para a doença psicológica.

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“Essa por si só, já é uma fase conturbada e de difícil controle físico e emocional. É o momento onde o menino e a menina estão se autoconhecendo, então o sexo, a vida social, o convívio familiar, os amigos as influências (boas ou más) externas, tudo isso toma uma intensidade imensurável e se não for bem conduzido, pode gerar sérios transtornos mentais”, comenta a neurologista Daiane Lemos.

 

É muito importante um acompanhamento terapêutico preventivo para a organização psíquica nesse período, afirma Anny, pois é uma forma de desfazer muitos nós que são criados nas mentes em desenvolvimento.
 

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Estudantes e Profissionais

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Estresse, cobranças e muitas vezes insatisfação: esses são alguns dos elementos que prejudicam a saúde mental nessa etapa. “Nesse contexto geralmente é desencadeada pelo excesso de tarefas a ser executadas. Na faculdade também existem muitos casos de pessoas que estão cursando apenas para agradar os pais, sociedade ou cônjuge, o que gera imensa frustração podendo promover outras doenças”, afirma Anny.

 

A terapia é importantíssima nesse processo segundo a psicóloga porque muitas vezes o não saber lidar com tantas situações ao mesmo tempo, como decisões e resolução de problemas sozinho, acabam gerando transtornos e medos que precisam ser acompanhados por um profissional.

Estudantes e profissionais
Adolescência

Pós-Parto

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A depressão pós parto não é algo que se desenvolve apenas em situações de crimes contra a integridade física e gravidez indesejada. Em muitos casos, o problema acontece durante o processo comum, por conta de fatores mentais e físicos que fragilizam o sistema psicológico da mãe durante todo o processo e a vida pós.

 

“Em casos mais graves a mãe não consegue ao menos ter contato com o bebê, por rejeitar essa aproximação, e é um sofrimento duplo, tanto para a mulher que passa por essa situação, quanto para o bebê que passa por esse desafeto”, comenta Anny. É essencial que a mulher se sinta amparada e bem, cercada por amor e pessoas que as façam se sentir acolhidas, porque geralmente um dos fatores que mais perturbam a mente é o se ver responsável por uma outra vida, estando sozinha.

Pós-Parto

Terceira Idade

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Pessoas acima dos 55 anos, começam a enxergar novas perspectivas da vida, embora muitos vejam como o resultado de uma história e por consequência um grande acúmulo de experiências que resultam em sabedoria, para outros a ideia de finitude e inutilidade social começa a falar mais alto. “Este que antes tinha um papel fundamental dentro da família quando mais novo, agora se sente como uma pessoa que só gera despesas e não serve para mais nada. Um pensamento que vai deprimindo aos poucos e por consequência acaba desenvolvendo outras doenças”, afirma a neurologista Daiane.

 

Assim, vão perdendo o prazer pela vida, tanto por questões genéticas quanto por aspectos sociais, e para evitar esse quadro depressivo é preciso se manter sempre ativo, corpo e mente. O importante é não parar, praticar atividades físicas é uma ótima solução e se alimentar com boas leituras também faz toda a diferença. A terapia ocupacional como aulas de dança, clubes, xadrez e outros também são aditivos para um envelhecer natural, saudável e acima de tudo feliz.

Terceira Idade

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